quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Porquê perfume?

Perfumes são artes em frascos. Combinações perfeitas de elementos naturais e químicos, que conseguem despertar a atenção e a emoção dos mortais.

Cada perfume tem sua peculiaridade e cada pessoa, uma preferência olfativa.

Há os que apreciem amadeirados, cítricos, frescos, florais, doces... cada um com seu poder de tocar o corpo e a alma.

Um perfume pode ficar guardado na memória de alguém durante décadas, ao ponto de ela se esquecer de quem o usava, mas lembrar do aroma assim que se aproximar dele.

Perfumes marcam a vida e a história de quem os usa. A mulher ou o homem que não se perfuma, sempre deixará uma lembrança a menos, pois nada é mais marcante do que a essência de uma pessoa.

A história dos perfumes mudou definitivamente em 1921, quando Ernest Beaux criou o até hoje mundialmente conhecido Chanel nº5. Um perfume com a única intenção de ter "cheiro de mulher". Até hoje, este é o perfume mais vendido no mundo. Por ser muito forte e doce, não está na lista dos favoritos no Brasil, já que nosso clima quente, sufoca a doçura do perfume (a menos que seja usado em estações mais frias e preferencialmente, a noite).

Importa que cada pessoa, construa sua história olfativa. É natural que o primeiro perfume (tanto feminino, quanto masculino), seja uma água de colônia, sem álcool e com cheirinho de bebê. Mas, porquê perfumar uma criança tão pequena? para ressaltar justamente o cheirinho de "bebê", pois é o que ela é, e o que gostam que ela seja!

As meninas, quando se aproximam dos 10 anos, costumam ganhar da mãe ou de algum familiar, algum perfume levemente doce ou fresco, com pouca fixação e aroma leve. Porquê? Porque nessa época, a criança começa a aflorar sua feminilidade... começa a escolher o que quer vestir e reparar na vaidade da mãe.

Os meninos costumam demorar um pouco mais para dar atenção aos aromas, mas quando vão se aproximando da puberdade, também começam a buscar uma identidade aromática. Frequentemente erram. Buscam ter "cheiro de homem" e abusam nas doses, procuram perfumes amadeirados e fortes que não combinam com sua idade e estilo de vida. O erro é comum e está respaldado na insegurança e na vontade de se auto afirmar.

Conforme os anos vão passando, mulheres e homens conhecem outras fragrâncias. Buscam, a princípio, marcas nacionais, que tenham boa aceitação em seu grupo social ou uma forte publicidade veiculada nos canais de comunicação. Conseguem encontrar bons perfumes, mas sua identidade ainda se confunde com a das massas, não tendo um "cheiro" exclusivo e marcante, que possa ser lembrado e associado a sua imagem.

Indo um pouco mais adiante, aqueles que têm atitude e gostam da busca pela autenticidade, acabam buscando perfumes que carreguem nomes de gabarito, como Armani, Cacharel, Dior, Gabriela Sabatini, Kenzo e Paco Rabanne.

Finalmente se encontram e encontram aquele perfume que será chamado de SEU por toda a vida, esteja onde estiver, alguém sentirá aquele perfume e se lembrará de de quem o usou.

Perfume é identidade, a combinação que ele tem com a sua pele é exclusiva (e inesquecível).